Mulher com enxaqueca

Enxaqueca – como identificar e o que fazer

Entenda o que é esse problema e como agir para amenizar as dores

O dia mal começou e você já está com aquela dor de cabeça insuportável, não é mesmo? É importante ficar atento a essas manifestações, pois pode ser enxaqueca!

Quer saber mais sobre essa condição? Então, acompanhe o artigo.

O que é a enxaqueca?

A enxaqueca é uma condição neurológica complexa que afeta cerca de 15% da população de adultos. É caracterizada por dor de cabeça forte, incapacitante, latejante ou pulsátil, geralmente em um lado da cabeça, e é tipicamente acompanhada por náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e ao som. Podem ocorrer distúrbios da visão como luzes brilhantes, manchas ou linhas em ziguezague.

Os ataques de enxaqueca podem durar de quatro horas a três dias e comumente são incapacitantes, podendo afetar seu trabalho, sua família e sua vida social. Quem sofre de enxaqueca geralmente prefere descansar em um ambiente escuro e silencioso, durante o ataque, e pode se sentir exausto após a crise.

Sintomas e fases da enxaqueca

Existem vários estágios de um ataque típico de enxaqueca, embora os pacientes possam não apresentar todos eles de uma única vez.

Os sintomas da enxaqueca têm uma semelhança entre os diferentes pacientes, mas variam de pessoa para pessoa em termos de gravidade, duração, frequência e características.

A enxaqueca geralmente progride por quatro estágios: pródromo, aura, fase da dor de cabeça e pósdromo ou “ressaca”.

Pródromo

Este é o estágio de alerta. Isso geralmente ocorre um ou dois dias antes do ataque real. Nem todos os pacientes podem sentir isso e os sinais costumam ser sutis demais para serem notados. Os sintomas incluem:

  • Mudança de humor;
  • Constipação;
  • Aumento da sede e urina;
  • Bocejos frequentes;
  • Rigidez no pescoço e membros;
  • Sensação de formigamento nas mãos e pés;
  • Desejo de certos alimentos.

Aura

Aura é um sintoma neurológico distinto que pode preceder ou ocorrer durante um ataque de enxaqueca. Isso ocorre em formas de distúrbios visuais, motores, verbais e sensitivos.

Nem todos os que sofrem de enxaqueca experimentam o estágio da Aura – ocorre em 20 a 25% dos casos. Com base neste sintoma, a condição é classificada em Enxaqueca com Aura e Enxaqueca sem Aura.

Esses sintomas começam gradualmente e aumentam ao longo de vários minutos. Uma fase da Aura típica pode durar de cinco a 60 minutos. Os sintomas da fase da Aura incluem:

  • Perda de visão ou embaçamento;
  • Fenômenos visuais, como luzes piscando, padrões em zigue-zague, pontos claros ou escuros;
  • Sensação de dormência ou formigamento no braço, face;
  • Dificuldade de fala e audição;
  • Perda da força em um dos lados do corpo.

Dor de cabeça

O estágio da Aura, quando presente, é seguido por uma fase com dor de cabeça. A dor de cabeça pode durar de quatro a 72 horas, se não controlada com o uso de analgésicos.

Os sintomas incluem:

  • Dor geralmente em um lado da cabeça em alguns casos em várias áreas;
  • Dor latejante, pulsátil;
  • Dor forte, incapacitante;
  • Piora com atividades rotineiras, como caminhar ou subir escada;
  • Náuseas e vômitos;
  • Aversão à luz e ao som.

Pósdromo

Este é o estágio final da enxaqueca que ocorre após o ataque de dor de cabeça. Para muitos, esse estágio é semelhante à recuperação de uma doença ou uma “ressaca”. O sofredor pode se sentir esgotado e cansado, e incapaz de funcionar adequadamente, mas pode sentir uma melhora progressiva. Esta etapa pode continuar por até 24-48 horas.

Os sintomas podem incluir:

  • Fraqueza;
  • Exaustão;
  • Tontura;
  • Confusão mental;
  • Sonolência.

O que pode causar a enxaqueca?

A causa primária ainda não é bem compreendida. Vários estudos sugeriram que fatores genéticos e ambientais podem desempenhar um papel.

Alterações no tronco cerebral e no nervo trigêmeo – uma via neural importante no cérebro que transmite a dor – são consideradas fatores importantes na sua fisiopatologia.

Existem vários gatilhos que precedem o início de um ataque de enxaqueca ou o desenvolvimento de uma enxaqueca crônica, como:

  • Alterações hormonais nas mulheres – os níveis flutuantes de estrogênio podem desencadear ataques de enxaqueca;
  • Certos alimentos – chocolate, queijos amarelos/envelhecidos, aditivos alimentares como o adoçante Aspartame e o conservante Glutamato monossódico (MSG); 
  • Desidratação;
  • Padrões de alimentação interrompidos – jejuar, pular refeições ou longos atrasos entre as refeições;
  • Cafeína – uso excessivo de cafeína e abstinência de cafeína, ambas têm sido associadas ao aparecimento de dores de enxaqueca;
  • Bebidas alcoólicas, como cerveja, vinho;
  • Estresse e ansiedade devido à carga de trabalho ou problemas domésticos;
  • Perturbações sensoriais – luz brilhante, ruído alto, cheiros fortes;
  • Perturbações do padrão de sono – tanto dormir demais quanto a privação de sono podem causar enxaqueca;
  • Esforço físico – atividades físicas intensas como esportes ou atividade sexual podem desencadear a enxaqueca em alguns;
  • Uso excessivo de medicamentos – Tomar analgésicos por mais de 10 dias por mês (ou mais de dois dias por semana) pode desencadear enxaqueca crônica em alguns (dor de cabeça por uso excessivo de analgésicos);
  • Flutuação do tempo – uma mudança repentina no clima ou a flutuação da pressão barométrica pode desencadear a enxaqueca.

Há fatores de risco para a enxaqueca?

Sim, alguns fatores podem tornar a pessoa mais propensa a ter ataques de enxaqueca, como:

  • Hereditariedade – ter um membro da família ou membros com essa condição aumenta a chance de enxaqueca em uma pessoa;
  • Sexo – as mulheres têm duas a três vezes mais chances de ter esse problema do que os homens. As alterações hormonais, especialmente as alterações no nível de estrogênio, estão frequentemente associadas a ataques de enxaqueca. As mulheres costumam ter enxaqueca antes ou depois da menstruação. A enxaqueca também pode melhorar durante a gravidez e após a menopausa, em muitos casos. O início da enxaqueca também pode começar durante a fase pós-parto;
  • Idade – A enxaqueca pode começar em qualquer época da vida, dependendo da presença de fatores desencadeantes. No entanto, a época típica de início é o final da infância ou adolescência. A maioria dos pacientes terá seu primeiro ataque até os 40 anos de idade.

Como diagnosticar o problema?

A enxaqueca muitas vezes não é diagnosticada e nem tratada adequadamente, devido ao desconhecimento em relação a esta doença. Frequentemente, as dores de cabeça são ignoradas e muitas pessoas não conseguem reconhecer se existe um padrão específico para a dor de cabeça.

Mantenha um diário de sua dor de cabeça; anote a frequência com que ocorrem, se estão associados a outros sintomas ou se há mudanças no padrão, por exemplo.

Se você encontrar alguns dos sintomas descritos acima ocorrendo com suas dores de cabeça, ou notar qualquer mudança em seu padrão, você deve consultar um neurologista para um correto diagnóstico e um plano de tratamento.

Conte com os neurologistas da Clínica do Cérebro – Neurocare. Entre em contato pelos nossos canais de atendimento e agende sua consulta. Dê prioridade à sua saúde!

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